Cinco pontos do Calvinismo!

Eleição Incondicional

Vamos ver um pouco sobre este segundo ponto do Calvinismo. O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto.

Citarei alguns versículos em que baseiam para tal afirmação:

Êxodo 33.18-19: "Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer."

Salmo 65.4: "Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo."

Mateus 11.27: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar."

Romanos 8.28-32: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?"

A passagem de êxodo supracitada mostra uma promessa que Deus fez a Moisés de como Ele trataria os povos que não criam no Senhor. Quando Deus fala que terá misericórdia de quem ele quiser, significa que Ele pode ter misericórdia de qualquer pessoa e não que Ele vai condenar alguém só por que Ele quer.

Da mesma maneira em Salmos, a passagem bíblica diz como é feliz aquele a quem Deus escolheu, e Ele escolheu a todos, basta o escolhermos também. Tanto que em momento nenhum vemos a expressão: Mal afortunado ou desventurado aquele a quem Deus não escolheu.

Em Mateus logo o versículo posterior já elimina a má interpretação, no versículo 28 Jesus diz: Vinde a mim, TODOS os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Único significado existente de TODOS é que se refere a uma TOTALIDADE. Jesus não é mentiroso e nem político, se Ele disse TODOS é porque Ele aceitará TODOS os que forem a Ele.

Em Romanos aparece o termo predestinou, o que daria a possibilidade de interpretarmos como se Deus tivesse escolhido aleatoriamente. Mas se olharmos o versículo 29 vemos que Ele predestinou aqueles que antes conhecia, logo não foi uma eleição, ou pré-eleição incondicional. A predestinação foi baseada no conhecimento eterno do Senhor, que conhece o passado, presente e futuro de todos nós.

Podemos embasar quase todas as nossas teorias se observarmos retalhos da palavra de Deus, como vimos no post Teologia de Retalho, mas se observarmos a totalidade das escrituras ficará impossível termos tal interpretação, de que Deus escolheu aleatoriamente alguns para terem a vida eterna e outras para ir ao inferno.

Muitas pessoas com quem discuti sobre este ponto do Calvinismo insistem em querer defender tal ponto pela ótica de que Deus é soberano. Deus é tão soberano que escolheu criar algumas regras para sermos salvos, é tão soberano que escolheu não escolher aleatoriamente. Deus não nos escolheu brincando de uni duni tê. Ele te escolheu porque você escolheu amá-lo. E não se engane achando que temos algum mérito nisso, pois estávamos mortos e senão fosse o Seu sacrifício, que foi por TODOS, não poderíamos escolhê-lo. Que a bênção da graça de Deus esteja sobre nós. Nosso Deus é soberano.

Referência:

Monergismo, disponível em http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/joao_calvino_5pontos_silverio.htm

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